Bustos e estátuas em Arcoverde


JORNAL DE ARCOVERDE n.308 – Março/Abril de 2019

Bustos e estátuas em Arcoverde

Por Pedro Salviano Filho

Em Arcoverde há várias ruas e praças com o nome de cidadãos que se destacaram em sua história. Há também homenagens feitas através de bustos e estátuas.
E qual a diferença entre os monumentos busto e estátua? 
Busto é a representação da figura humana através da cabeça, pescoço e a parte superior do tronco.
Estátua é a representação de uma pessoa homenageada de corpo inteiro em diferentes situações.
Após esta introdução pergunta-se: Quais pessoas receberam bustos e estátuas em nosso município? O que elas fizeram para esse mérito? Onde estes monumentos estão exibidos?
A mais antiga homenagem está na praça Barão do Rio Branco. Todas, ao que se sabe, esculpidas, a partir de fotos, pelo arcoverdense, que hoje reside em Brasília, Jota Mildes.

Jota Mildes - 2019

Foi em 1963 que o sr. Jota Mildes se iniciou no ramo da escultura, elaborando sua primeira obra com a reprodução de imagem do presidente John Kennedy, falecido em novembro daquele ano. E sua cabeça, embasada na capa da revista “O Cruzeiro” bit.ly/2WNfZ6j  e trabalhada em gesso, logo foi disputada e adquirida pelo comerciante Nestor Pires de Carvalho. Sr. Mildes nos conta que, “Apresentado por meu pai (José Francisco, comerciante) este me levou ao seu amigo Antônio Franklin Cordeiro - Prefeito de Arcoverde (1963-1969), que me contratou para fazer um busto do Barão do Rio Branco (este que aí está na praça) a fim de substituir o busto anterior (não sei de quem a autoria) que fora roubado dias antes, à noite, do seu pedestal. Feito e entregue o busto do barão, com total aprovação popular, Antônio Franklin me contratou para fazer os bustos do Coronel Antônio Japiassu e Zeferino Galvão, a estátua (tamanho natural) do dr. Severiano Freire Filho, o busto de Arcelino Britto e outros bustos que não recordo no momento. Sei que em número aproximado de sete esculturas. Um fato interessante foi quando da entrega do busto do coronel Arcelino de Britto. O seu filho, acho que Arcelino de Siqueira Brito [“Tica”] ao ver a escultura quando da entrega na Prefeitura, tirou o chapéu, se ajoelhou e disse: "Bênção, meu pai! Está igualzinho ao meu pai!" Confesso, amigo, que me emocionei tanto ao ponto de chorar! Nunca mais esqueci aquela cena, de vê-lo - uma pessoa de característica "forte" ajoelhar-se e pedir bênção a uma estátua. Ainda mais sendo um trabalho meu, quando ainda iniciante na arte.  Quanto a questão cronológica das esculturas só sei informar que todas elas foram uma sequência a partir do Barão do Rio Branco, com intervalos apenas do tempo de confecção de cada uma. Uma série sem interrupção. Sei que o busto de Zeferino Galvão foi colocado na Rua da Linha, sim. Na época em que estava em Arcoverde fui considerado o único escultor de toda a região. Não se falava que houvesse mais alguém com esta profissão.”
Jota Mildes trabalhou na Rádio Bandeirante de Arcoverde, inaugurada, em 11 de setembro de 1964, https://bit.ly/2B2FgEo.
Em 1967 se mudou para Petrolina, indo em 2003 para Brasília, onde reside atualmente. Já realizou cerca de 200 esculturas, esparramadas especialmente pelo nordeste. Seu trabalho de destaque internacional é a estátua do vaqueiro Raimundo Jacó (Missa do Vaqueiro de Serrita-PE) que foi encomendada pelo próprio cantor Luiz Gonzaga em 1973. Um pouco da sua obra pode ser observada no vídeo  goo.gl/emkXeL

Barão do Rio Branco
Foto em: bit.ly/2WRfHLD 

Busto do Barão do Rio Branco. Abril de 2019 – Jornal de Arcoverde

Documento, pouco divulgado,  https://bit.ly/318MAZS  e bit.ly/2I1Qyun , mostra que foi em 19 de março de 1912 que o segundo topônimo de Arcoverde passou a ser Barão do Rio Branco substituindo Olho d’Água dos Bredos, pouco tempo antes da inauguração da estação ferroviária, em 13 de maio. E nossa cidade (a partir de 1928) teve a denominação de Rio Branco até o último dia de 1943, quando ganhou o topônimo atual. 
O Barão do Rio Branco (José Maria da Silva Paranhos Júnior), bit.ly/2CXYQj2 , faleceu no dia 10 de fevereiro de 1912.
A nossa primeira praça, Barão do Rio Branco, foi inaugurada pelo prefeito Oliveira Pessoa, em 1944, provavelmente já com o busto do barão.
10-06-1944 - Diario do Estado, bit.ly/1IyKuCt, 3ª col.: «De Arcoverde: Tenho dever comunicar vossência inaugurei praça Barão do Rio Branco primeiro jardim público feito cidade dispendeu prefeitura Cr$ 34.302,30. Atenciosas saudações Oliveira Pessoa, prefeito.»
Devido a ato de vandalismo, o busto do barão, em 1963, precisou ser refeito e se encontra no mesmo pedestal. Em maio de 2012 no street view bit.ly/2I3PiXR

Cel. Antônio Japiassu


Cel. Antônio Japiassu – foto colorizada.


Busto do cel. Antônio Japiassu. Abril de 2019 – Jornal de Arcoverde
Como já vimos, ele foi o nosso primeiro prefeito eleito (ver https://bit.ly/37SXRi6 ; Família Japiassu  https://bit.ly/36TRGKc = Qual foi o berço de Arcoverde ) e a primeira avenida de Arcoverde (depois de várias renomeações) também ganhou seu nome. E é nela, em frente ao conhecido DNOCS (goo.gl/V1Ydra ) onde foi colocado o busto do coronel Japiassu.

Cel. Augusto Cavalcanti

Cel. Augusto Cavalcanti – foto colorizada.

Busto do cel. Augusto Cavalcanti. Abril de 2019 – Jornal de Arcoverde

Nesta coluna, com o título “ Uma das primeiras mansões de Arcoverde”, em 2016 (https://bit.ly/3dqSrMv ) apresentamos: Augusto Cavalcanti (de Albuquerque) nasceu em 1882 e chegou a Arcoverde (então Vila Rio Branco) há 100 anos [artigo publicado em 2016] e, nos 6 anos em que aqui intensamente viveu, demonstrou a sua capacidade empreendedora e visão de futuro, realizando obras que mudaram o rumo da região. Empresário e agropecuarista, ele revolucionou e impulsionou a vila construindo o cinema Rio Branco e implantando a luz elétrica no final de 1919. Bem relacionado com a imprensa, seu nome começou a aparecer nos jornais em 1917, quando passa a participar de exposições agropecuárias em Recife mostrando os produtos da sua fazenda Boa Vista, da “Estação Rio Branco” (como também era chamada a vila Rio Branco). Em 1918 ele manda construir a bela residência que no ano seguinte acolherá seu pai, o ministro do Supremo Tribunal Federal André Cavalcanti. O seu novo casamento, realizado no final de 1919, como também as inaugurações do cinema e luz elétrica, são o ponto alto das atividades do coronel. Em 1921, aos 39 anos, ele morre envenenado por parente da sua bela mulher. Para aqueles que se interessam pelo tema, sugerimos a leitura de outros artigos desta coluna:  https://bit.ly/2NpZRoM, https://bit.ly/2YoGz9A , https://bit.ly/3hX5pVV e https://bit.ly/3drNMda ) .
Seu busto está na rua que também lhe presta homenagem e foi esculpido por Jota Mildes. Street view: bit.ly/2UigQPH

Dr. Freire Filho

Dr. Severiano José Freire Filho. Foto colorizada.


Estátua de dr. Severiano José Freire Filho. Abril de 2019 – Jornal de Arcoverde

Arcoverde História Político-Administrativa. Brasília, 1995. Sebastião Calado Bastos. Pág. 121.
«[…]O Dr. Freire Filho tinha como pais Severiano José  Freire, comerciante, e dona Eulina Otnilia Freire. Formou-se pela Faculdade de Medicina da Bahia em 1910, aos vinte e quatro anos. Iniciando sua carreira de médico, especializou-se em oftalmologia. Tinha o Dr. Freire, porém, espírito cigano. Resolveu percorrer todo o sertão do Rio Grande do Norte até atingir Pernambuco. A essa altura, já fazia clínica geral. Acompanhavam-no, formando uma equipe itinerante, o farmacêutico Virgílio de Castro (que posteriormente estabeleceu-se em Caruaru, tendo sido seu amigo por toda a vida) e o dentista Genaro. Era sobrinho do cel. Delmiro José Freire (ex-prefeito) e primo de um outro ex-prefeito, Severiano de Brito Freire.
Antes de 1930 a área de Campo da Sementeira foi de sua propriedade. Ao se separar da primeira esposa, Inalda Gaioso, foi para Europa, ficando um ano na França. Colocou os filhos Herbert e Stélio em um colégio na Bélgica. Ai veio a Segunda Guerra Mundial. Da Europa veio para Campina Grande, na Paraíba, transferindo-se depois para Carpina, interior de Pernambuco, onde morou nove anos. Esta, sua última escala antes de ir morar em Rio Branco em 1942, pela segunda vez e em definitivo. Nos seus últimos anos de vida dividia Arcoverde com Recife. Casou pela segunda vez com Deolinda Cavalcanti e dessa união nasceram Yara, Branca, Fernando, Glady e Glauro. Faleceu em Arcoverde no dia 1o. de abril de 1958. Homem altamente espiritualizado, seus últimos anos foram dedicados aos pobres. Foi um dos fundadores do Rotary Clube de Arcoverde, em 1948. Chegando a Rio Branco, logo passou a integrar a Comissão Fiscal do Centro Espírita Redentor (Racionalismo Cristão). Nessa cidade, encontrou campo propício para ação empreendedora, pois o prefeito tenente Olímpio Marques acabara de lançar a ideia da criação de uma Cooperativa Agropecuária. O dr. Freire, então, organizou listas para formar o capital inicial. Foi fundada essa cooperativa em agosto de 1942, prestando grande ajuda aos pequenos agricultores e pecuaristas. Entretanto, a partir de 1947, a exemplo de outras Cooperativas do Polígono das Secas, o estabelecimento começou a ver seu movimento decrescer, pois a estiagem prolongada impedia que os clientes saldassem seus compromissos. Foi diretor do Posto de Higiene Municipal durante muitos anos. Em 26 de outubro de 1947 foi eleito prefeito do município através dos Partidos Coligados. Por esta mesma Coligação foram eleitos vereadores dois ex-prefeitos - Antônio Napoleão Arcoverde e José de Oliveira Pessoa. Seu opositor foi Nivaldo Mulatinho, pelo PSD. Também por esse partido candidatou-se o vereador Murilo de Oliveira Lira, ficando na suplência. Posteriormente, Murilo viria a ser prefeito. Observe-se que somente dezenove anos após sua emancipação política, teve o município oportunidade de votar pela terceira vez para prefeito. […]  Em sua administração foi feita a pavimentação entre a avenida João Pessoa (atual cel. Antônio Japiassu) e a rua Augusto Cavalcanti, com passeio lateral ao longo da linha férrea. Pavimentou várias outras artérias importantes, construiu um novo açougue público e um cais em frente ao Cine Bandeirante (goo.gl/P73K4A ). Fez a abertura e terraplanagem das avenidas José Magalhães França e Severiano José Freire. Construiu uma ponte sobre o Riacho do Mel, fundou uma biblioteca pública municipal, construiu o Açude Poços, próximo a Queimada da Onça e Aldeia Velha, bem como edificou o mercado público.[…].»

Zeferino Galvão


Foto de “ Ilustração Brasileira” edição 43, 1924, em bit.ly/2Kh4p1R . Foto colorizada.
Seu busto foi esculpido por Jota Mildes. Paradeiro desconhecido.
Nesta coluna, na matéria “ A Great Western”( https://bit.ly/2ByKp7b Outubro.2010), já foi mostrado que Luís Wilson nos conta no seu livro “Município de Arcoverde (Rio Branco) [1982]” :  «Algum tempo antes dos trilhos da Estrada de Ferro Central de Pernambuco, no princípio do século, chegarem à Sanharó, pretendeu a Great Western desviá-los para o estado da Paraíba, via Pão de Açúcar. Zeferino [Zeferino Cândido Galvão Filho, proprietário do jornal] levantou-se como um gigante da tribuna da GAZETA DE PESQUEIRA e, entre outras coisas, esteve no Rio de Janeiro com Rosa e Silva e outros políticos de influência. Antes de sua vitória, recebera uma proposta da Great Western: seria feito um ramal da Estrada, de Sanharó à Pesqueira. Recusou-a e continuou em sua luta até o fim. Quando Zeferino morreu, 18 anos depois, o povo de Rio Branco, sempre agradecido aos seus benfeitores, enviou um requerimento ao Conselho Municipal de Pesqueira, solicitando que seu nome passasse a designar uma de nossas ruas... A ´Rua da Linha` passou a ser, então, em Rio Branco, a Rua Zeferino Galvão».
Bem posteriormente, pelo que informa o sr. Jota Mildes, ele esculpiu um busto do Zeferino Galvão que foi colocado na antiga rua da Linha, que se tornou a conhecidíssima avenida Zeferino Galvão (Street view - goo.gl/6rzaf4). Em 2005 (bit.ly/2UfccNs  ) a LEI Nº 2.066-2005 - Desmembra a parte superior da Av. ZEFERINO GALVÃO, a parte inferior passa a denominar-se Rua SEVERIANO DE BRITTO FREIRE, do Supermercado Bonanza, até a esquina da antiga Estação Ferroviária).
Zeferino Cândido Galvão Filho nasceu em 9 de maio de 1864 em São Bento do Una, cuja família mudou-se para Pesqueira. Faleceu em Recife a 1 de fevereiro de 1924.


Cel.  Arcelino Brito


Arcelino de Brito. Recorte do livro A Laje da Raposa. Memórias. 1978. Vitorino Freire. Pág. 14. Foto colorizada.

Foto em praça (frente à Igreja Católica) na povoação de Ipojuca. Imagem J. Randolfo Britto.
18-08-1936  - Correio da Manhã - bit.ly/2IncTCj  3ª col. «Rio Branco empossa a nova Câmara e o prefeito eleitos. […]. Foto: prefeito Gumercindo Cavalcanti… […] Prestado o juramento do estilo pelo vereador mais idoso, sr. Arcelino de Brito Cavalcanti, os demais se compromissaram segundo a lei. […]»
Ipojuca: sua história, sua gente. Luiz Carlos de Britto Cavalcanti, 2010. Pág. 40
«O coronel Arcelino de Britto (2-3-1872 – 15-7-1946) - Dos irmãos vindos do Pajeú, Arcelino foi o que mais se destacou na política, vindo a ser agraciado com a patente de coronel da guarda nacional. Homem empreendedor e de ampla visão, tornou-se um dos maiores proprietários de terras da região. Em suas fazendas, criava muito gado, e chegou a montar, no povoado, uma usina de beneficiamento de caroá planta muito abundante na região, em sociedade com o seu filho Theopompo. Foi, em decorrência dessa usina que a Ipojuca ganhou luz elétrica, mas o seu uso era restrito à fábrica e às casas do coronel e de seu filho Antônio.
O coronel Arcelino tinha um temperamento muito forte, herdado dos seus ancestrais ingleses, imprimindo em todos um grande respeito e. em muitos, um sentimento de medo. [...] O coronel Arcelino faleceu em julho de 1946.»
Ele também foi homenageado em Arcoverde com a rua Arcelino de Britto, no  bairro Boa Vista bit.ly/2IiFZ5M. No povoado de Ipojuca seu busto é mostrado pelo vídeo bit.ly/2VqMBCL  e no Streetview em bit.ly/2WXRKTc . Muitas informações adicionais podem ser vistas no artigo desta coluna Brito-Freire. Gente braba:https://bit.ly/3dsPcUS.

Carlos Rios

Carlos Rios: nasceu em 8 de setembro de 1900 e faleceu em 19 de março de 1955. Casou em 1920 com Alba Rios. Filhos: 1-Ayron Carlos Rios (de boné), 2-Dinasaldo Carlos da Silva Rios, 3-Hilton Carlos da Silva Rios, 4-Hiran Carlos da Silva Rios, 5-Jessey d´Alba Rios e 6-Glicie d´Alba Rios. Foto colorizada a partir de Domínio Público, pág. 27:  bit.ly/1VS2q0r



Foto colorizada: inauguração do busto Dr. Carlos Rios. Foto original de Zira Cordeiro. Hoje, também, o busto tem paradeiro desconhecido.

Município de Arcoverde (Rio Branco). Cronologia e outras notas.1982 – Luís Wilson. Pág. 202
«Airon Carlos da Silva Rios.
Airon Rios (Airon Carlos da Silva Rios), que foi para Rio Branco com os pais (Carlos Luthgardes da Silva Rios e D. Alba Falcão Rios), em 1940, elege-se deputado à nossa Câmara de Deputados Federais, a primeira vez, representando ali, desde então o seu Estado.
Cirurgião-dentista pela Faculdade de Odontologia de Pernambuco (1943), e bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Pernambuco (1951), elegera-se antes deputado estadual em duas legislaturas (1963-1967) e 1967-1971). Entre outras coisas, foi em nossa Assembleia Legislativa, líder da União Democrática Nacional. Nasceu em Recife a 22 de janeiro de 1921, casou com D. Lenira Cordeiro e são os pais de 5 filhos: Alba Rejane, Alessandra, Carlos, Airon Filho e Adriana.»
Pág. 223: «[...] Escola Carlos Rios. Fundação 1961. 1ª diretor: Maria Amélia Cavalcanti. Atual [1982}:  Wanda Maria Brandão Silva. Entidade Estadual. Obs.: 1º Ginásio Estadual de Arcoverde funcionando no Grupo Escolar Cardeal Arcoverde e depois 1º Colégio Estadual de Arcoverde.[...].»

Roteiro de Velhos e Grandes Sertanejos. 1º volume. Luís Wilson. 1978. Pág 85.
«[...] Naquela época, todavia, já vivia Airon em Rio Branco (Arcoverde), para onde fora com a finalidade de prestar certa assistência ao pai, já então acometido da doença de Parkinson. [...] Com o desaparecimento do velho, substituiu-o na chefia da União Democrática Nacional no município, continuando unidos antigos companheiros, aos quais juntou muita gente da nova geração de Rio Branco (Arcoverde). [...]   A administração estadual até o governo do dr. Cid Sampaio limitava-se. No interior, a ministrar instrução primária. Foi por iniciativa de Airon junto a sua Exa., que tivemos, naquela época, a implantação de estabelecimentos oficiais de ensino médio (gratuitos), em nossas principais cidades, incluindo-se entre estas Arcoverde, tendo origem, assim, o Ginásio Estadual Carlos Rios, atualmente Escolas Carlos Rios, por congregar os cursos de 1º e 2º graus e ainda o normal e o científico. O decreto do velho Ginásio foi lavrado na residência do casal Ruy de Barros Correia – Adalgisa Cavalcanti, transformada, no Sertão, durante dois ou três dias na sede do Governo do Estado. Teve ainda Arcoverde, na mesma época, o seu Ginásio Industrial.»
28-03-1960 – Diário Oficial, bit.ly/1JBiP4I, 1ª col.: «Decreto n. 502 - É criado o Ginásio Estadual Carlos Rios, com sede na cidade de Arcoverde, tendo por finalidade ministrar o ensino secundário gratuito. [...] O referido Ginásio funcionará, a título precário, no edifício do Grupo Escolar Cardeal Arcoverde.»
29-01-1961 – Diário Oficial, bit.ly/1eHDGpR, 3ª col.: «Edital – Ginásio Estadual Carlos Rios. Exame admissão ao curso ginasial – 2ª época.» Mais: 15-03-1961, bit.ly/1Spfo6A, 1ª  col.: «Início funcionamento.»
30-05-1963 – Diário Oficial, bit.ly/1IPhbh3, 2ª col.: «[...] pedindo que sejam [reiniciadas] as obras de construção do prédio do Grupo Escolar e Ginásio Estadual Carlos Rios, na cidade de Arcoverde, cujas obras se encontram paralisadas desde os primeiros dias de fevereiro do corrente ano.» Mais: 30-05-1963, bit.ly/1OFOaTa. Mais: 07-06-1963, bit.ly/1I8i8gN ,  1ª col: «[...]Solicita informações ao exmo. sr. secretário de Educação e Cultura, a respeito da propalada substituição do nome do Ginásio Estadual Carlos Rios, da cidade de Arcoverde.» Mais: 09-06-1963, bit.ly/1IzgKp3. «Requerimento 572 - sobre a mudança de nome.»
02-04-1964 – Diário Oficial, bit.ly/1IzhhXZ, 1ª col.: «Projeto 992. Crédito para a construção do prédio do Ginásio Estadual Carlos Rios do município de Arcoverde.»  Mais: 30-04-1964, bit.ly/1SQVFb8, «N.2201 – Denominação Grupo Escolar Carlos Rios.» Mais: 06-06-1964, bit.ly/1IuGv5q, 2ª col. Mais: 14-06-1964, bit.ly/1IdNL6D, 3ª col.: «Justificação.»
09-03-1965 – Diário Oficial, bit.ly/1SQVH2C, 1ª col. «Decreto de 08 de março de 1965 – Autoriza a instalação do Curso Colegial Secundário no Colégio Carlos Rios.»
O dr. Carlos Rios, pela influência do seu filho Airon Rios, foi homenageado por Arcoverde com nome de educandário, busto e também nome de rua: bit.ly/2uRXzW7 . Não conseguimos, nesta ocasião, estabelecer o paradeiro desse monumento.







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