Grande Hotel Majestic


JORNAL DE ARCOVERDE n.305 – Sertembro/Outubro de 2018

Grande Hotel Majestic

Por Pedro Salviano Filho




Construção iniciada em 1950 que se prolongou por alguns anos daquela década. Foto colorizada.
Década de 50, primeiro prédio à direita, na av. Antonio Japiassu,  o Majestic foi considerado um dos hotéis mais destacados do interior pernambucano, vivendo uma excelente oportunidade de alavancar o turismo regional, em Arcoverde. Foto colorizada.

Foi em 1950 que em Arcoverde teve início a construção de um hotel que colocou o município na primeira linha de hotelaria do estado, à frente de todos os municípios interioranos, como se pode verificar pela leitura de jornais da época, “estabelecimento com aspecto e trato dos melhores existentes na capital.” O proprietário, sr. Severino Sobreira de Araújo, enfrentou muitas dificuldades para finalizar o “Hotel Majestic”, um projeto audacioso de um idealista. 
Hoje desfrutando de uma grande rede de hotéis, Arcoverde dispõe assim das melhores condições para incremento da indústria do turismo.

1919
Município de Arcoverde (Rio Branco). Cronologia e Outras Notas. 1982. Luís Wilson. Pág. 92:
«A primeira Casa Paroquial de Rio Branco ficava vizinha ao chalé do cel. Leonardo Guimarães, D. Maria, Emídio, Teodoro e as "meninas", na mesma residindo depois o dr. Marcionilo Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti (filho do dr. Leonardo Arcoverde de Albuquerque Cavalcanti), Enéas Mendes, Numeriano de Freitas e, entre outros, "seu" Noé e d. Maria Licor, esta última abrindo ali, mais tarde (mais ou menos em 1936) o Hotel Majestic, que vendeu depois a D. Maria Sobreira.»

25-05-1950 – Diario de Pernambuco - goo.gl/TpjA13 – 7ª col. «[...] Em seguida, os rapazes do SESI foram recepcionados no Departamento Cultural do clube sertanejo e depois, rumaram para o Hotel Majestic, onde ficaram hospedados.»
10-06-1953 – Diário de Pernambuco - goo.gl/CyMFHj 3ª col.
«Um hotel de Arcoverde. Cleto Padilha (Para o “D.P.”}
Uma das coisas mais difíceis para quem viaja pelo interior é encontrar um hotel que ofereça acomodações de 1ª ordem. Dessa espécie existe apenas um que é de Arcoverde, edificado graças a coragem e pertinência do sr. Severino Sobreira de Araújo.
Certa vez, quando ali passava o então secretário Gomes Maranhão tivemos oportunidade de ouvir do notável homem público os mais nagados elogios àquela iniciativa, não somente pela sua importância para a cidade, mas, sobretudo, pelo muito que representava do dinamismo e do arrojo do seu idealizador.
Realmente, o Hotel Majestic, hoje com seus três imponentes andares quase concluídos vem sendo construído sem o menor auxílio oficial, e a custa apenas, de empréstimos, tomados em organizações bancárias e que vão sendo pagas com os rendimentos da própria casa.
Todavia, paira, agora, uma grave ameaça sobre aquele marco de progresso que Sobreira levou à terra do Cardeal. Segundo estamos informados não lhe será possível pagar ao Estado as contribuições exigidas, e na realidade absurdas. Tanto é assim que o Hotel está na contingência de praticamente encerrar suas atividades.
E é compreendendo a situação que as autoridades, o prefeito, vereadores e o comércio encaminharam um pedido ao governador do Estado no sentido de sustar tais exigências, durante certo tempo, para que a obra possa ser definitivamente concluída. O pedido do povo de Arcoverde é dos mais justos e será atendido se houver boa vontade e desejo de prestar um benefício relevante àquela comuna.»


19-06-1953Diario de Pernambuco - goo.gl/EqpGii – 1ª col.
«Hotéis no Interior -Crônicas do Interior. Samuel Soares.
Quando as administrações estaduais e municipais se dispõem a prover as grandes cidades e os centros de atração turística de hotéis condizentes com as suas necessidades, não visam obter resultados financeiros de tal iniciativa. De ordinário, constroem edifícios apropriados e os instalam convenientemente, depois do que, mediante contratos de arrendamento, em condições suaves, transferem a particulares a respectiva exploração.
Enquanto isso, as pessoas que chegam a qualquer cidade de certo porte e não encontram nela uma hospedaria à altura de seu progresso, logo tratam de responsabilizar a administração pelo descaso revelado nesse particular.
Não resta dúvida, por isso mesmo, que tanto o Estado como os municípios devem amparar o esforço de todos aqueles que se propõem a cooperar com o poder público na concretização de um serviço de tamanha utilidade como é o de um hotel em certas condições existente nas maiores como nas menores cidades.
Estas considerações vêm a propósito do comentário formulado pelo jornalista Gomes Maranhão sobre o novo hotel de Arcoverde e inserto na “Folha da Manhã” de sexta-feira passada.
Naquela florescente localidade se tem construído um hotel que, antes de ser concluído, pois isto demanda ainda a inversão de grande quota financeira, está em pleno funcionamento.
Trata-se, não há negar e como bem acentuou o ex-secretário da Agricultura, de um estabelecimento com aspecto e trato dos melhores existentes na capital. Por isto mesmo, constitui um empreendimento que atesta, antes de tudo, o espírito de cooperação do seu proprietário em favor do desenvolvimento da cidade.
Faz-se necessário, destarte, que tanto o governo municipal como o do Estado atentem nesta circunstância e venham ao encontro de tão arrojada iniciativa.
É bem verdade que há, na exploração do negócio, a ideia de se obterem, agora ou no futuro, lucros razoáveis. Mas isto é sem dúvida alguma, o objetivo de quantos se lançam à instalação de qualquer indústria proveitosa aos interesses da coletividade e em benefício da qual os governos se apressam ordinariamente, em conceder isenções e benefícios de toda ordem.
Por isto, a indústria hoteleira, sobretudo nas localidades interioranas, quando explorada em condições que contribuem para o benefício destas mesmas localidades, como é bem o caso do novo hotel de Arcoverde, merece receber o amparo das administrações.
Nada mais justo, assim, do que o apelo do jornalista Gomes Maranhão e que reflete, antes de tudo o desejo dos bons arcoverdenses, no sentido de que o proprietário do referido hotel seja eximido da responsabilidade de pagar impostos quando, pelo contrário, estaria a merecer até ajuda financeira do Estado para a sua arrojada iniciativa.»

23-06-1953 – Diário Oficial, https://bit.ly/1hbzksW, 3ª col.: «Projeto 167 – Isenção de impostos de vendas e consignações para o hotel Majestic.» 18-07-1953 –Mais: Parecer 212, https://bit.ly/2Ngk3GX , 2ª col. 21-07-1953 – Mais: Parecer 167, https://bit.ly/2xTNXfp , 2ª col.;  21-07-1953 – Mais:  Parecer 212, https://bit.ly/2xQkHGz, 1ª col.; 22-07-1953 – 2ª  discussão: https://bit.ly/2Oq4bX5 , 3ª col

22-07-1953 – Diario de Pernambuco - goo.gl/gUd3bJ 7ª col. «Hotéis no interior
Adeth Leite (Para o “D.P.”)
A rigor as principais cidades do interior de Pernambuco são desprovidas de hotéis, a altura do seu progresso e das necessidades mesmas da sua importância, dentro do Estado. Já não falamos na decepção sofrida pelo turista nas suas andanças pelo interior afora. Verdade que as cidades de Garanhuns e Arcoverde já estão com o problema delineado e em via de acabamento. Caruaru, o maior núcleo demográfico do interior de Pernambuco não cogita do assunto, mas em compensação, Limoeiro já está com a pedra fundamental sentada para a edificação do seu hotel e nós acreditamos que a empreitada vá avante porque um capitalista da envergadura de Otaviano Heráclito Duarte está no firme propósito de dotar a sua terra de um empreendimento de vulto e por cima há ainda a incentivá-lo no seu desejo ardente, a figura infernal desse homem dos sete instrumentos que é o prof. Vilaça.
Na “Praça da Bandeira”, em Limoeiro será erguido, dentro de pouco tempo, um majestoso hotel que não envergonhará a cidade. Os limoeirenses vão se orgulhar da obra do seu conterrâneo. Trata-se de um empreendimento em que serão investidos cerca de dois milhões de cruzeiros. A construção moderna, terá um bloco de 270 metros quadrados em concreto armado com três pavimentos, valendo ressaltar que a obra é de iniciativa particular, não cooperando o poder público com um centavo para a realização do importante melhoramento para a vida da cidade.
No terreno de hotéis, Pernambuco inteiro é de uma pobreza franciscana. A começar do Recife. As cidades mais importantes do Estado e de zonas amenas, notadamente Garanhuns e Triunfo, com os melhores climas da região, não dispõem de hotéis condignos para abrigar os seus visitantes. A estação de repouso localizada em Fazenda Nova, no município de Brejo da Madre de Deus, com uma das melhores fontes d´água mineral do país, carece de um hotel ou restaurante mesmo de segunda classe. E no entanto, os capitais empregados nesse sentido, decerto, trariam justas compensações, além de estabelecer o turismo para aquela localidade. Mas os nossos homens de dinheiro não tentam uma realização da empresa e tudo permanece no eterno “ora veja!”
De qualquer maneira, pelo que está encaminhado neste sentido, parabenizamo-nos com a iniciativa particular, construindo os dois importantes hotéis em Arcoverde e Limoeiro, e daqui desta coluna queremos expressar a nossa alegria pelo devotamento e alta visão pelo bem estar comum, em favor de uma comuna pelos patrocinadores destes dois hotéis do interior do Estado.
O principal e inadiável problema de Caruaru, por exemplo, é a construção de seu hotel, mas o poder público acha mais importante e urgente a edificação de uma obra de fachada: O paço municipal, coisa de menos importância e que poderia ficar relegada a plano secundário, porque, quando o visitante vai a uma cidade, a primeira coisa a fazer é cuidar do seu alojamento e não saber se existe na terra, um prédio onde esteja abrigada a edilidade. Todavia, cada cabeça é um mundo e o prefeito Abel Menezes deve saber perfeitamente com quem está a razão... »

24-11-1953 - goo.gl/MP9UWn  - 3ª col. «Hotéis e garçonetes. Nas estradas do Sertão. Reportagem de Antonio Miranda. [...] . Arcoverde, terra dos hotéis
Arcoverde é uma terra que muito promete. Tem um futuro brilhante. É porta de sertões. Por Arcoverde passam todos aqueles que vêm da Bahia, do Piauí e de outros Estados.
Embora possuindo um hotel de boa apresentação, quem viaja de caminhão sente-se na obrigação de fazer refeições ou hospedar-se nos hotéis da estrada que se localizam no bairro de São Cristóvão. Eles se agrupam, se acotovelam. Margeiam a estrada de ambos os lados. São grandes e pequenos hotéis, uns limpos, outros menos higiênicos. Nem todos possuem garçonetes agradáveis, mas os motoristas têm as suas preferidas. [...].»
13-04-1954 – Diário Oficial, bit.ly/1Dg6qlg, 3ª col.: «Projeto 67 - Concede perdão e isenção de impostos Grande Hotel Majestic.»

13-04-1954 - Diario de Pernambuco - goo.gl/2fCskQ    col. « [...] Perdão de Impostos.
O sr. J. Gomes de Sá, em projeto de lei, autoriza o Executivo a conceder o perdão de todos os impostos devidos pelo sr. Severino Sobreira de Araujo, proprietário do Grande Hotel Majestic, localizado em Arcoverde, assim como isenção dos mesmos impostos devidos pelo referido hotel até dezembro de 1953. [...].»
28-10-1955 – Diário Oficial, bit.ly/1KGbnUx, 1ª col.: «Projeto 477. Hotel Majestic "patrimônio do seu urbanismo, com elemento integrante do seu progresso." Prorrogação das leis de isenção impostos.»

09-06-1956 – Diario de Pernambuco-  goo.gl/mcrv2c - 1ª col.
«Crônica do interior. O “Hotel Majestic de Arcoverde”. Samuel Soares.
Há, em Arcoverde, o fruto de uma iniciativa que nunca foi suficientemente exaltada pelo que possui todas as características de um esforço orientado no sentido do maior renome e progresso da aprazível cidade.
Trata-se do “Hotel Majestic” que é, sem dúvida, o melhor e o mais bem aparelhado de quantos estão em funcionamento no interior do Estado.
Seu proprietário, Severino Sobreira de Araújo pensou na sua construção e empreendeu-a vigorosamente, com o ânimo e a decisão de demonstrar seu amor à terra em que se fixou há muito tempo. Iniciou-a há seis anos atrás [1950], executando um projeto que parecia superior às necessidades do lugar e, sobretudo muito acima de que seria preciso para uma simples exploração comercial.
Com efeito, arrastando sacrifícios imensos, realizando poupanças e economias verdadeiramente heroicas, entendeu que poderia fazer o que muitos outros, dispondo de capitais volumosos, nem sempre têm a coragem de fazer. E graças a essa firmeza e tenacidade, sua obra está prestes a ser concluída.
O “Hotel Majestic” compreende um edifício moderno, de quatro andares, com instalações sóbrias e confortáveis, quartos com água corrente, apartamentos completos, amplos salões, e quanto mais é possível exigir uma hospedaria preparada para atender aos seus exigentes objetivos. Um hotel, enfim, que é padrão de orgulho para Arcoverde como seria, igualmente, para qualquer das nossas melhores e mais populosas cidades interioranas.
À sua frente, em tentativa de embargo à sua ação, tem encontrado, Severino Sobreira, sérios obstáculos que o reconhecimento dos seus esforços, por parte de homens e autoridades compreensivos têm ajudado a desfazer. Obstáculos que, ordinariamente, refletem a mesquinhos do despeito e da inveja daqueles que não são nem seriam capazes de realizar obra tão importante e valiosa.
Agora mesmo, graças ao espírito de compreensão do diretor da Rede Ferroviária do Nordeste, foi sustada uma ação de interdito possessório comeu a referida empresa, certamente conduzida por informações malévolas, procurava embargar a construção do hotel, já na sua última fase de acabamento. A ação se apoiava na circunstância de o edifício, na sua fachada posterior, ocupar dois metros na faixa dos vinte de propriedade da Rede. Contudo, ninguém nunca se lembrara do que, no mesmo alinhamento do hotel, ao longe da avenida Zeferino Galvão, cerca de cem ou mais construções terem sido e continuarem sendo levantadas. Ninguém se lembrara nunca de que noutras ruas da cidade a situação é idêntica, sem que se fizesse sentir a mesma providência, a mesma deliberação.
Contudo, mais uma vez a vitória sorriu ao arrojado e perseverante homem de ação e de trabalho. E, com tudo isto, não somente ele está de parabéns mas também a própria cidade de Arcoverde, desde que a sua obra tem o sentido de excelente e gigantesca cooperação para o progresso da simpática e florescente localidade.»

06-08-1957 – Diario de Pernambuco  goo.gl/JqLk1F - 1ª  col.
«Arcoverde. Isenção do imposto predial do Hotel Majestic. Paulo Cardoso
O chefe do poder executivo acolheu com simpatia, dando-lhes sua sanção, ao projeto de lei que concedeu ao sr. Severino Sobreira de Araújo, proprietário do Hotel "Majestic", isenção do imposto predial pelo prazo de cinco anos, a contar do dia 1º  de janeiro do corrente ano.
A medida causou divergências de opiniões no seio da população; alguns foram contrários a medida e outros louvaram-na. Entre os prós e contras os primeiros formaram a maioria.
A obra gigantesca do Hotel "Majestic", que está sendo executada pelo incansável Sobreira, é algo que merece o apoio dos arcoverdenses bem intencionados e mormente do poder público, haja vista que até o presente momento vem lutando sozinho na sua grande empreitada de dotar a nossa cidade de um moderníssimo hotel, considerado um dos maiores e melhores do interior pernambucano.
A monumental obra já atingiu ao terceiro pavimento. Tudo está sendo realizado a custa de sacrifícios. E não seria possível compreender-se que o prefeito Murilo de Oliveira Lira se negasse a dar a ajuda do seu governo a tão importante melhoramento, isto porque o Estado também já prestou a sua assistência, isentando o "Majestic" do imposto sobre indústria e profissões.
Tudo o que se fizer em favor de Sobreira - aliás um forasteiro que tudo faz pelo progresso de Arcoverde - é muito pouco pelo que já realizou.
Alegam algumas pessoas que, sendo hotel uma fonte de renda para o proprietário, não poderia o poder público conceder favores. É absurdo esse argumento. Se não houvesse renda lucrativa em qualquer negócio, ninguém se atreveria a enfrentá-lo; e ademais o benefício concedido pelo governo municipal, visa apenas ao homem que, não possuindo milhares de cruzeiros, está realizando uma obra de milhões.
Por outro lado, a louvável ideia do Sobreira, de dotar a cidade de um moderníssimo e luxuoso hotel, tirou a responsabilidade à Prefeitura, de amanhã ou depois ter de enfrentar o problema, sabido que Arcoverde, antes do atual "Majestic" não possuía sequer um hotel - apesar dos existentes - que pudesse hospedar pessoas de certo nível social. E se o impasse perdurasse, a Prefeitura (ou o Estado) não teria que arcar com a responsabilidade da construção de um hotel que talvez não se igualasse ao "Majestic"?
O benefício concedido é muito pequeno; não vamos olhar para esta particularidade e, sim para a gigantesca obra que ainda está sendo executada. Isto é que é o importante, no dizer do locutor Adelmar Paiva.
Que apareçam idealizadores dessa natureza e estamos certos de que contarão com o apoio do governo municipal. [...].»

07-8-1957 – Diario de Pernambuco -  goo.gl/Tamfbc - 1ª  col.
«[...] Hotéis.
Foi uma boa medida a isenção do imposto predial ao Hotel  Majestic, de Arcoverde, pois só assim será possível concluir uma obra de interesse público e de tamanha importância.
Todo mundo se queixa, em Pernambuco, da falta de hotéis. No Recife, mesmo, só foi possível a construção do Grande Hotel, porque o governo do Estado a isso se dispôs; Não o houvesse feito o antigo governador Estácio Coimbra, e o Recife estaria talvez confinado ao Hotel Central. Até hoje foi impossível concluir o Hotel de Garanhuns e o de Fazenda Nova, pois a falta de recursos paralisou as obras.
Ajudar a iniciativa privada, no ramo da indústria hoteleira, é desenvolver o turismo; pois não há quem se anime a viajar, sem boas estradas e sem bons hotéis. Caruaru ainda hoje, e apesar de ter celebrado o seu centenário, não tem um Hotel que preste, Arcoverde deu a nota com o Majestic construído, aliás, por pessoa estranha ao lugar.
Era mesmo dever da Prefeitura ir ao seu encontro; e o que é de estranhar é que apenas agora o tivesse feito. Obrigação do poder público é ajudar sempre certos empreendimentos, de iniciativa privada; nunca desestimulá-los e dificultá-los.
Por isso, esperamos que haja maior interesse por parte do governo em ajudar os dois novos hotéis - o de Fazenda Nova e o de Garanhuns, tão necessários ao turismo dessas localidades: Fazenda Nova, com o seu clima e a sua água; e Garanhuns, pelos mesmos motivos. Não importa que já existam ali alguns outros hotéis, porque, em certos meses do ano, todas as hospedarias locais estão cheias. Pessoas, que vão para o Sul fazer estação d´águas ou climáticas, alegam sempre as deficiências dos hotéis pernambucanos.
Limoeiro é outra cidade, que se pode apontar como pioneira na indústria do turismo, pois cuidou logo de instalar um bom hotel. A verdade é que Pernambuco precisa aproveitar as condições de clima de muitas de muitas de suas cidades e estimular as viagens pelo interior; o qual, se é mal conhecido, é que não oferece atrativo. A boa estrada e bom hotel serão sempre bons atrativos turísticos.»
10-08-1962 – Diário Oficial, bit.ly/1eHEmvF, 1ª col.: «Lei 4505 - Revigora Lei 1938, concedendo isenção de todos os impostos estaduais sobre movimento e construção do Grande Hotel Majestic.»


Hotel Majestic na atualidade (com outra direção). Av. Antonio Japiassu, 362. Foto: outubro 2018, do Jornal de Arcoverde.  Street view: goo.gl/PzjUAB . Facebook goo.gl/CQagM1  

Fundos do hotel. Foto: outubro 2018, do Jornal de Arcoverde. 

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