Rio Branco 1912-1943 1ª parte: Vila (1912-1928)
JORNAL DE ARCOVERDE
n.284 – Março/Abril de 2015 – pág.11
Rio Branco 1912 – 1943
1ª parte: Vila (1912-1928)
Pedro Salviano Filho
No seu primeiro século, e já com
o terceiro topônimo, Rio Branco era uma vila estagnada. Porém, em sua primeira
década após a chegada dos trilhos, o seu crescimento foi surpreendente, a ponto
de exigir a sua emancipação de Pesqueira.
O resgate de informações mostra
novos dados que permitem acrescentar mais páginas ao nosso histórico. A luz
elétrica e cinema; a construção de estradas; o crescimento do comércio, da
educação, das feiras de gado, da quase desconhecida agência do Banco do Brasil,
uma das primeiras no interior de Pernambuco (em 1923); algumas indústrias; o
movimento para a emancipação que durou seis anos (a partir de 1922) e tantos
outros fatores de desenvolvimento, transformaram a insignificante vilazinha em local
próspero.
A nossa planilha (ver https://bit.ly/3giyvOn), elaborada para registrar as
datas e os fatos ao longo do tempo, agora está se ampliando com novos dados,
mostrando muitas novas informações e links
para fontes primárias, estimulando o leitor mais interessado em conhecer mais
profundamente sobre a nossa Arcoverde.
1908 - No Dicionário corográfico, histórico e estatístico
de Pernambuco, de Sebastião de Vasconcelos Galvão, Rio de Janeiro, 1908, pág.
406 (vol 1), goo.gl/4CrWtS , encontramos: ”Olho
d´Água dos Bredos. Povoação. Situada no
município de Cimbres ao poente da cidade de Pesqueira e desta distante 55
quilômetros, fica encravada entre a serra da Aldeia Velha e um serrote de
pedras, um tanto alto; está em terreno plano e arenoso a mesma povoação, junto
da qual pelo lado do sul corre o riacho do Mel, sempre seco durante o verão, e
onde, nessa época, abrem cacimbas. Consta o povoado de umas 40 casas, dispostas
em duas ruas, contando cerca de 300 habitantes, e possui uma boa capela,
fundada por Leonardo Pacheco do Couto, sob a invocação de N.S. do Livramento.
Daí à vila da Pedra medem 30 quilômetros. Por essa povoação é a melhor estrada
que há no município para o interior do Estado, visto como não se tem de subir a
serra do Ororubá. Na época própria é admirável o movimento de boiadas e
cavalarias, que por ai fazem o trânsito. Ao norte, a 10 quilômetros, fica a
fazenda Arara, onde existe um grande lajedo com 3 caldeirões, sendo que três
lagoas existem também no mesmo lajedo e neste, do lado ocidental, há uma
inscrição desconhecida. A 10 quilômetros ao sul fica a fazenda Pingadeira,
sitio fértil e com água permanente. Está a 640 metros de altitude.”
01-07-1909 – Foi
através da Lei Estadual n. 991, de 1º de julho de 1909, que o povoado de Olhos
d´Água dos Bredos foi elevado à categoria de vila: https://bit.ly/2ZX9NO5. “Três anos
depois, passa a ser distrito de Pesqueira (Lei Municipal nº 18, de 12 de
novembro de 1912)”. Minha cidade, minha saudade, Recife, 1972, Luís
Wilson, pág. 130.
13-05-1912 [ver
sobre inauguração da estação: https://bit.ly/3cZYgQV ]– “Gumercindo [Cordeiro de
Albuquerque Cavalcanti], que compareceu à inauguração da estação do trem ao lado
do seu Neto [Francisco de Albuquerque Cavalcanti Neto, seu pai] e de dona
Cordeira, recordava sempre a emoção de todos com a chegada das autoridades para
o evento. Essas autoridades ocupavam um vagão especial colocado à frente da
locomotiva. Não conseguiu entender, até seus últimos dias, o descaso das
pessoas diante de tão importante acontecimento, pois a afluência à estação foi
diminuta”. Arcoverde. História
político-administrativa, Sebastião Calado Bastos, Brasília, 1995, pág. 89.
10-09-1912 – Em O Paiz (RJ), goo.gl/ZRfQic , 6ª coluna: “[...] Ao mesmo
tempo, a divisão procede aos estudos, que aguardam próximo termo, da estrada
pública entre Rio Branco e Buíque, em uma extensão de cerca de 40
quilômetros."
16-05-1913 – O
jornal A Província, goo.gl/ugjxFT , 2ª col., apresentou na seção da
Câmara dos deputados um "Ofício do conselho municipal de Cimbres
solicitando a mudança do nome de Cimbres para município de Pesqueira.” Na
edição especial de Pernambuco, O Jornal (RJ),
17-09-1928, goo.gl/nyFyxK : “Outrora
tinha o nome de Cimbres, mas como fosse motivo de constantes equívocos, por
causa da vila desse nome, situada na serra Ororubá e que deixara de ser sede em
1836, resolveu o governo municipal, 1913, adotar a denominação Pesqueira, que
foi referendada pelo Congresso Estadual.”
05-03-1914 - A Província, goo.gl/OwV0me , 3ª col.: Autoridade em
exercício - "Assumiu o exercício do cargo de subdelegado do distrito
policial Olho d´Água dos Bredos, do município de Pesqueira, na qualidade de
efetivo, o Sr. Olympio Cavalcanti Freire”. Foi exonerado em 17-07-1915, goo.gl/ZygbDL (5ª col.).
05-04-1914- Jornal do Recife, goo.gl/zvbhgw , 1ª col.: “[...] 1914-
Projeto N. 9. Artigo 1º - É concedida a Glycério Nogueira Bandeira, ou à
Companhia que organizar, privilégio para o transporte de cargas e passageiros
por meio de automóveis, entre Rio Branco e Alagoa de Baixo, Ingazeira, Buíque,
Flores, Vila Bela, Belmonte e Salgueiro.”
14-08-1915 - Jornal do Recife, goo.gl/ZygbDL , 5ª col.: “Portaria.
O secretário interino da justiça, negócios interiores, instrução pública e
fazenda, de acordo com a proposta do dr. chefe de polícia em ofício n. 1624 de
15 do corrente, resolvo exonerar o cidadão Olympio Cavalcanti Freire do cargo
de subdelegado do distrito Olho d´Água dos Bredos, do município de Pesqueira.” (Ele
assumiu o cargo em 5 de março de 1914). A
Provincia , goo.gl/OwV0me ,
3ª col.:. “Autoridade em exercício. Assumiu o exercício do cargo
de subdelegado do distrito policial Olho d´Água dos Bredos, no município de
Pesqueira, na qualidade de efetivo, o sr. Olympio Cavalcanti Freire.”
29-02-1916 - O Paiz (RJ), goo.gl/SZW7f2 , 3ª col.: “Pelo Ministério
da Viação foi solicitada do da Fazenda a distribuição do crédito de 20:000$ à
delegacia fiscal em Pernambuco, por conta do crédito aberto pelo decreto n,
11.641, de 15 de julho de 1915. A referida quantia será entregue em quatro
partes, como adiantamento, ao encarregado das obras da estrada de Rio Branco a
Triunfo, sr. Manoel Siqueira Campos.” Em Um
sertanejo e o Sertão, Ulisses Lins, Rio de Janeiro, 1976, pág. 116: “Logo
que regressei a Alagoa de Baixo, segui
para Triunfo, e vi que muita gente trabalhava na serra, rasgando-lhe as
encostas, sendo informado de que se construía uma estrada de rodagem. Achei
graça, pois não podia admitir que os carrinhos Ford – pioneiros no interior –
tivessem peito para escalar as ladeiras valentes da serra da Baixa Verde. Fora
Manoel de Siqueira Campos (Dudu), grande comerciante ali, espírito arrojado e
empreendedor, quem tomara a iniciativa daquela tarefa de Hércules.
Providencialmente, centenas de sertanejos famintos – estava no auge a tremenda
seca de 1915 – ali estavam matando a fome, com os parcos salários recebidos. O
dr, Manoel Borba havia acertado com Siqueira Campos a construção da estrada,
aproveitando a época do flagelo climático, a fim de evitar maior êxodo dos
sertanejos, e prometera ir a Triunfo, logo que a estrada estivesse terminada, O
que fez , efetivamente.” 1915 – goo.gl/nSzHLa , “Manuel de Siqueira Campos manda
construir a Estrada de Triunfo a Rio Branco[...]. Os automóveis em que viajaram
a Triunfo o Dr. Manuel Borba, governador do Estado, e sua comitiva [para
inauguração] (um dos quais do Cel. Delmiro Gouveia e outro do Dr. Romeu Pessoa
de Queiroz), vieram até Rio Branco em um carro de nossa antiga “Great Western”.
Município de Arcoverde (Rio Branco),
Luís Wilson, Recife, 1982, pág. 83. Na 2ª col. foto: “Na inauguração da
estrada Rio Branco – Triunfo, chegada dos primeiros carros via Estação.”
08-07-1917 - A Noite (RJ), goo.gl/5lWXld
, 6ª col.: “As estradas de rodagem de Pernambuco. Alagoa de Baixo
(Pernambuco), 8 (Serviço especial da A Noite) - A expensas da municipalidade e
com auxílio de alguns comerciantes e criadores deste município, começaram,
ontem, os trabalhos da estrada de rodagem desta cidade à povoação de Algodões a
encontrar também a estrada Rio Branco a Triunfo. Reina por isso regozijo em
toda a população deste município. A estrada em construção será inaugurada pelo
dr. Manoel Borba, governador do Estado, que virá de Recife até aqui em
automóvel.”
23-10-1917 –A Provincia, goo.gl/HY7aaN , 6ª col.: “Agência de Correios Olho d´Água dos Bredos passa a denominar-se Rio Branco“.
23-11-1917 –A Provincia, goo.gl/EVAuAv , 7ª col.: “A Inspetoria
veterinária de Pesqueira remeteu os títulos de inscrição aos srs.: [...]
Augusto Cavalcanti de Albuquerque [...] . “
21-12-1917 – A Provincia, goo.gl/L8o7UY
2ª col.: “Exposição dos
municípios. Já em Rio Branco o Sr. Augusto Cavalcanti. [...] o sr. Augusto
Cavalcanti do município de Pesqueira: galinhas brancas [...].”
29-12-1917 - Jornal do Recife, goo.gl/3KmCLp , 4ª col.: “Exposição dos
municípios. Uma entrevista com o coronel Augusto Cavalcanti sobre agricultura. Foto:
Alguns produtos da fazenda Boa Vista do coronel Augusto Cavalcanti Estação Rio
Branco.” Mais: 19-12-1917 Jornal do Recife, goo.gl/0mnRa8 ,5ª col.
1917
– goo.gl/xmYn35,
pág.6 (=5/50): “Relatório dos presidentes dos estados brasileiros. Estradas e
caminhos carroçáveis. Também auxiliou o estado na construção do caminho
carroçável de Rio Branco a Flores e Triunfo, já mandando para ali pessoal a fim
de auxiliar os serviços, já se interessando perante o governo da união para a
concessão de um auxílio monetário. Este caminho que ficou concluído em fins de
dezembro último tem o desenvolvimento de 160 quilômetros. De Rio Branco a
Custódia: 83 km [...]”.
17-07-1918 – Jornal do Recife, goo.gl/zFjds4 , 5ª col.: “O cel. Augusto
Cavalcanti e a lagarta rosada do algodão (praga Zerofino).”
1918
- goo.gl/PjM6yp
, pág.6 (=5/43): “Relatório dos presidentes dos estados brasileiros. “As
estradas do estado estão divididas em quatro centros [...] 4º centro (Rio
Branco) - Rio Branco a Triunfo”.
23-02-1919 -
Primeiro registro na Igreja N.S. do Livramento goo.gl/1EdtJf , Batismos 1919-1922, imagem
3/156: “Aos vinte e três dias do mês de fevereiro de 1919 nesta Matriz de Rio
Branco, bispado de Pesqueira, batizei solenemente o párvulo "José"
nascido em .. de fevereiro de mil novecentos e dezenove; filho legítimo de
Antônio Felipe de... e Joana Ferreira de Freitas, sendo padrinhos José Bezerra
dos Santos e ... Maria da Conceição. E para constar lavrei este termo que assino.
Padre José Kehrle, Vigário.”
1919 -“Foi para
receber o pai que o Coronel mandou construir [em 1918] uma de nossas mais belas
casas de residência, algum tempo depois vizinha à feira de gado do Tamboril e
onde esteve entre os anos de 1932 e 1936, em Rio Branco, as Obras Contra
Secas.” (Município de Arcoverde (Rio Branco). Cronologia e outras notas.
Luís Wilson, 1982, pág. 93). Foto do
livro Ícones. Patrimônio Cultural de
Arcoverde, Roberto Moraes, Recife, 2008, pág.45.
13-03-1919 - A
Provincia, goo.gl/SgEkuN
, 1ª col.: Ministro André Cavalcanti. “[...] Veio de sua viagem ao interior do
estado, onde teve ocasião de visitar a casa onde nasceu. “
29-07-1919 - Jornal do Recife - goo.gl/cSRq6k , 6ª col.: “Liga riobranquense contra o
analfabetismo. [...] Muito nova ainda, contando, apenas, meses de existência, a
Liga mantem as escolas Joaquim Nabuco e D. Vital, respectivamente para os dois
sexos e dirigidas pela professora diplomada Elódia de Mendonça e professor
Tranquilino Vianna, servindo de adjuntas a professora diplomada Albertina
Farias e professora Maria M. Porto. Estas escolas funcionam diariamente com a
frequência de 50 a 58 alunos, o que é bastante animador[...]. “ Mais informações
em 22-08-1919, 6ª col.: http://goo.gl/XYsgLI.
09-08-1919 - Jornal do Recife, goo.gl/JJSx7g , 7ª col.: “Viagem triunfal. A excursão do marechal
Dantas Barreto a Rio Branco.”
18-09-1919 - A Provincia , goo.gl/hkXh24 , 7ª col.: "Os jornais dizem
que se inaugurou ontem mais uma estrada, a de Rio Branco a Buíque, estrada para
a qual concorreu muito o governo federal [...].”
23-09-1919 – A Provincia, goo.gl/JaKG2D , 2ª col.: Estrada para
Buíque. “[...] Porque efetivamente, construir 28 longos quilômetros de estrada
de rodagem em QUATRO anos já se chama trabalhar. Pois bem, depois de quatro
anos de serviços já se pode ir de automóvel a Buíque! Projetaram-se e
levaram-se a efeito grandes festas para o ato de inauguração. Na véspera foi um
sábado, à noite eu presenciei o começo dos festejos nesta pacata vila de Rio Branco,
ex-Olho d´Água dos Bredos [...]”.
26-11-1919 -
Jornal do Recife, goo.gl/CSnMPs
, 1ª col.: “Aos parentes e amigos.
Augusto Cavalcanti de Albuquerque e Theodolina Cavalcanti de Albuquerque
participam seu casamento. Rio Branco, 13 de novembro de 1919.” Checado em livro
de registro civil: goo.gl/bQOXQb
.
1919
- goo.gl/6zeKL2
, pág.16 (=15/98): “Relatório dos presidentes dos estados brasileiros. [...] 4º
Centro - Rio Branco. Foi nesse centro de estradas e caminhos carroçáveis onde
mais intensa se faz sentir a ação do governo no que concerne a essas vias de
comunicação, pois é nele que tem origem as estradas e caminhos de penetração na
zona sertaneja do estado [...] Estrada de Rio Branco a Buíque - Essa estrada
foi projetada e iniciada pelo governo federal mas, tendo-se esgotado o crédito
destinado à sua construção, foi esta interrompida em começos de 1917 quando já
se achavam prontos cerca de seis quilômetros, faltando apenas as obras de arte
[... ] Rio Branco a Triunfo[...].”
02-01-1920 – Correio da Manhã , goo.gl/2psxPF , 7ª col.: “[...] - A vila de Rio Branco, deste
município, acaba de inaugurar a luz elétrica
e um cinema. - Cogita-se da construção de uma estrada de rodagem desta
cidade, a de Garanhuns, passando pelas vilas de Alagoinha e Salobro, tendo um
percurso de 18 léguas. A construção desta estrada seria uma vantagem
extraordinária para os dois municípios.[...].”
15-01-1920 - Jornal do Recife , goo.gl/Wa1FEI , 7ª col.: “[...] - O cinema
"Rio Branco" tem proporcionado encantadoras "soirées" aos
seus "habitués". A luz elétrica, quer pública, quer particular, fornecida
pelo coronel Augusto Cavalcanti, continua regular, esperando este cavalheiro
entrar em acordo com o município afim de melhor servir ao público em geral.
Presentemente o coronel Augusto Cavalcanti fornece gratuitamente a iluminação
pública o que vem provar a sua boa vontade de colaborar no progresso de Rio
Branco. Rio Branco, 11-1-1920 (Do Correspondente).” [Sobre o cinema https://bit.ly/3foRCW4].
18-01-1920 - A Provincia , goo.gl/bhy0w8 , 3ª col.: Resposta de
ofício da Great Western ao prefeito do Recife."[...] De Recife a S.
Caetano, ida às terças-feiras, seguindo dali até Rio Branco às quartas-feiras e
regressando às quintas a Recife [...].”
13-02-1920 - Jornal do Recife ,- goo.gl/kBvYnk
1ª col.: “[...] O coronel Augusto
Cavalcanti demonstrou-se conosco em amistosa palestra, sobre o adiantamento de
Rio Branco e outros assuntos, mostrando-se sobremodo interessado pelos
progressos de sua terra. Somos agradecidos à cativante atenção do estimado
cavalheiro.”
02-03-1920 - Jornal do Recife , goo.gl/1CQD03 , 4ª col.: “Levas de flagelados
enchem as ruas da cidade implorando caridade pública.”
13-03-1920 - Jornal do Recife, goo.gl/cD5h55 , 1ª col.: “Pelos municípios -
Rio Branco - A empresa do cinema "Rio Branco" não tomou conhecimento
de um memorial que lhe foi dirigido por alguns frequentadores (a minoria)
daquela casa de diversão. O coronel Augusto Cavalcanti, proprietário do citado
cinema, agiu neste caso com todo critério ficando as famílias plenamente
satisfeitas com a sua resolução. Para garantir a ordem, ali ameaçada de
perturbação, foram postados dois policiais às ordens do respectivo subdelegado,
senhor Tibúrcio Moura. Felizmente, até hoje, a ordem não foi alterada pelos
descontentes com a resolução do coronel Cavalcanti.”
07-08-1920 - Jornal do Recife, goo.gl/OZLY4g
, 4ª col.: “Pelos municípios. Rio Branco. [...] As nossas feiras,
inclusive a de gado, têm melhorado sensivelmente. [...] - Aqui chegou no
domingo último, o dr. Luís Coelho, que vem clinicar nesta vila.[...]Acham-se
bem adiantados os trabalhos da construção da estrada de rodagem ligando esta
vila no município da Pedra.[...] Rio Branco, 4 de agosto de 1920.”
14-08-1920 - Jornal do Recife, goo.gl/C9M4mm , 1ª col.: A
coluna “Pelos municípios” resumia os principais acontecimentos de Rio Branco.
Entre eles: “Na sala de operações da "Farmácia Hollanda", no dia 6 do
corrente, submeteu-se à delicada intervenção cirúrgica o sr. Antônio Marques,
extraindo dois cancros do lábio inferior. Serviu de operador o dr. Liciniano de
Almeida, tendo como auxiliares o dr. Luís Coelho e o farmacêutico Agostinho de
Hollanda, este cloroformizador. O resultado foi satisfatório, continuando o
operado em excelentes condições. - A fim de organizar o serviço de recenseamento
esteve entre nós o dr. Ismael Ribeiro. S. s. visitou a "Liga Riobranquense
contra o Analfabetismo" elogiando a ação da mesma em fazer forte
propaganda pró recenseamento.- Acaba de estabelecer gabinete cirúrgico-dentário
à rua do Comércio, o dr. J. I. Andrade Lima. Também instalou consultório o jovem
e distinto facultativo dr. Luís Coelho. - Continuam os preparativos para as
próximas festas de 7 de setembro promovidas pela "Liga contra o
Analfabetismo". Haverá, além de outras festas, uma conferência lítero-histórica
pelo dr. Andrade Lima e representação das comédias "Antônio Silvino"
e "Um pai apaixonado", esta de lavra do farmacêutico sr. Agostinho de
Hollanda. - As alunas da professora d. Elvira Farias Vianna também levarão
interessantíssimo ato de variedades. - A passeata cívico-escolar compor-se-á
das escolas estaduais, "D. Vital", "Joaquim Nabuco",
"S. Luís" e "Externato Rio Branco". [...]- Os professores
Elvira Farias Vianna, Elodia Layme de Mendonça e Edgar Mendonça têm feito em
suas escolas preleções sobre as vantagens do recenseamento. [...] -- Os srs.
Delmiro Freire & C. acabam de montar na rua do Comércio uma fábrica de
goiabada a qual aqueles cavalheiros denominaram "Goiabada Rio Branco". O novo estabelecimento está dotado de
aparelhos modernos, e iluminado à luz elétrica, rivalizando assim com os seus
congêneres. Tivemos ocasião de visitar, ligeiramente, o referido
estabelecimento colhendo magnífica impressão de tudo que vimos. Não regateamos
aplausos àqueles industriais pelo melhoramento que acabam de introduzir nesta
vila. - Também estão bem adiantados os trabalhos da construção da fábrica de beneficiar algodão, de
propriedade da Companhia Algodoeira
Nordeste do Brasil. (Do correspondente). Rio Branco, 10-8-920.”
24-11-1920 - Jornal do Recife , goo.gl/BkEi51, 6ª col.: “Melhoramento em Rio
Branco. Devido em grande parte aos esforços do ilustre sr. coronel Augusto
Cavalcanti acaba de ser inaugurada em Rio Branco a iluminação elétrica. A
propósito desse importante melhoramento recebemos dali o seguinte telegrama:
"Foi inaugurada ontem ocasião chegada trem, luz elétrica estação Rio
Branco com excelente resultado, reinando geral satisfação passageiros e
habitantes desta futurosa localidade. Houve grande entusiasmo por este importante
melhoramento, para o qual muito tem se esforçado o coronel Augusto Cavalcanti,
concessionário da empresa. - Comissão festejos”.
12-05-1921 - Jornal do Recife, goo.gl/b0uS6I , 4ª col.: “Coronel Augusto
Cavalcanti de Albuquerque. Realizou-se ontem, às 10 horas da manhã, em a
necrópole de S. Amaro, o enterramento do saudoso coronel Augusto Cavalcanti de
Albuquerque, filho do ilustre pernambucano, o venerando presidente do Supremo
Tribunal Federal, dr. André Cavalcanti. O enterro efetuou-se na catacumba no.
113 da municipalidade, sendo o coche fúnebre, que era de primeira classe,
acompanhado de inúmeros carros, conduzindo amigos do morto e pessoas de sua
desolada família. Sobre o riquíssimo ataúde viam-se grade número de coroas com
inscrições denotadoras de saudade e muitas flores naturais no mesmo depositadas
por mãos amigas. O extinto, que era grandemente relacionado em o nosso meio
social, por suas belas qualidades de caráter, era casado com a exma. sra. d.
Theodolina Freire Cavalcanti, de cujo consórcio deixa um filhinho de tenra
idade. Mais uma vez sentimentamos à desolada família Cavalcanti de Albuquerque,
especialmente à viúva do morto e ao seu ilustre pai, o dr. André Cavalcanti.” [Ver
também https://bit.ly/3foRCW4].
18-03-1922 – O Jornal (RJ), goo.gl/FqWUFI, 1ª col.: "O Brasil
civiliza-se; esta frase foi a divisa com que Figueiredo Pimentel assinalou a
sua época como um árbitro da moda, na sociedade do seu tempo. Como as
conquistas mundanas não têm limite, a frase do falecido cronista ficará
perpetuada para todo sempre, parodiando o axioma gaulês: "Le monde
marche".
O Brasil civiliza-se: é o destino fatal de todos os povos,
observando as leis imutáveis da natureza. As suas cidades acolhem pressurosas
as boas ideias, cultivam-nas, difundem-nas, praticando à priori.
O carnaval, folguedo derivado dos bródios romanos e
durante o qual há uma relativa licença, protegida pela máscara, toma uma feição
menos grosseira e menos rude nos tempos atuais. Aqui, no Rio de Janeiro, o
carnaval tendo a excluir a máscara; em breve tempo será uma concorrência de
fantasias e roupas de cores berrantes, a cara descoberta. Mas não é,
propriamente, do futuro carnaval que vamos tratar; apenas, mostrar aos leitores
que o carnaval é também uma demonstração de civilização e progresso. A
delicadeza e o gosto que presidem esses folguedos revelam a índole do povo, que
se diverte, o seu caráter, a sua educação artística, os seus sentimentos.
Ora, o carnaval traduz isso, absolutamente, nos seus três
dias de loucura. Publicamos hoje, uma gravura do carro do centenário, que
figurou no préstito do Clube Esperança, de Rio Branco, no Estado de Pernambuco.
Rio Branco é uma pequena vila, de grande intensidade
comercial, ponto de intercâmbio entre Pernambuco e Paraíba. O préstito do C.E.
como se vê, para uma vila de interior, é um indício flagrante de civilização. É
um pequeno empório comercial de importância, um verdadeiro entreposto do
comércio interestadual (Paraíba e Pernambuco), distante do Recife uns 300
quilômetros. Rio Branco tem tudo: médico, farmácia, escolas, hotéis, cafés
etc., só não uma coisa imprescindível à vida - a água. É, como ficou dito, uma
pequena vila próspera e centro do grande comércio do algodão, pelica e gado.
Apesar da falta de boas vias de comunicação, aliás o que se nota em quase todo
o interior dos Estados, Rio Branco está talhada a ser uma das melhores futuras
cidades do interior de Pernambuco, não só por ser o empório de todo o comércio
daquela zona e de algum do Estado da Paraíba, como principalmente, dada a sua
altitude de 670 metros, ter um clima agradável e sadio.
O carro representando um século de ao préstito do Clube
Esperanças, da vila do Rio Branco, de Pernambuco, nos limites com a Paraíba.
O Clube Esperanças apresentou os seus carros alegóricos
durante o carnaval graças à iniciativa do seu presidente, o coronel José
Bezerra da Silva, abastado e progressista negociante. O entrudo correu assim,
em plana superior, gastando-se serpentinas, confete e lança-perfume. Um
riobranquense enviou-nos a fotografia de um dos carros, com o dizer: "Rio
Branco civiliza-se". É uma verdade, acrescentamos nós e praza que não
atrofie o seu progresso.”
08-08-1922 - Jornal do Recife,
goo.gl/HFzYv2 , 4ª col.:
“Pelos municípios – Rio Branco, próspera localidade do interior do nosso
Estado, respeitável pelo seu comércio adiantado e progressista, está empenhado
numa campanha digna dos melhores aplausos. Pretende com o unânime concurso de
todas as classes representativas dali, emancipar-se de Pesqueira, tornando-se
por sua vez comuna municipal, para o que dispõe moral, político e
economicamente dos recursos exigidos pela respectiva lei.
Rio Branco até antes de 1911, quando a
estrada de ferro lhe chegou às portas, era um povoado humilde situado à margem
direita do riacho do Mel, afluente do Moxotó. Mas, em derredor, nas serras que
o circundam, campos vastos de criação e de lavoura, davam-lhe vitalidade,
cooperando as suas ricas fazendas de gado para o fomento do antigo município de
Cimbres, então a testa da edilidade.
A estrada de ferro porém completou no
centro o prestígio que gozava na periferia. Do povoado que era tornou-se pelo
natural impulso que as vias férreas colimam, em florescente vila, hoje quase
cidade importante, possuindo fábricas, luz elétrica, estabelecimentos de
promissoras iniciativas, industriais e comerciais.
Semelhante fenômeno evolutivo granjeou
para Rio Branco uma posição de relevo no sertão. Realizam-se ali semanalmente
ruidosas feiras de gado que atingem a somas altas. Aliás, a sua própria ponta
terminal da estrada de ferro concorre para isto.
Tendo, portanto, vida econômica
suficiente para viver independente, atingindo a renda dos seus impostos
municipais a mais de vinte contos (20:000$000) anuais, apesar da arrecadação
deficiente e precária, tendo a população avultada, eleitorado etc., é natural
esse desejo dos habitantes de Rio Branco para se tornar município autônomo.
Concorrerá o fato para animar o seu progresso e para grandeza do Estado.
Neste sentido, no domingo último [dia
30 julho de 1922], reunidos no cinema local, todas as classes sociais, daquela
zona sertaneja, inclusive os representantes políticos do distrito, sob a
presidência do coronel Delmiro Freire, foi levantada a ideia de levar a efeito
a emancipação municipal, falando por essa ocasião vários oradores, entre
entusiásticos aplausos.
Terminada a discussão da ideia, foi
apresentado o seguinte programa da campanha:
1º - Designação de uma comissão
executiva para promover os meios indispensáveis à realização da ideia.
2º - Abertura de uma subscrição popular
destinada a custear as despesas.
3º - Dirigir telegramas de comunicação
da assembleia, solicitando apoio moral, aos exmos. Srs. Cardeal Arcoverde, ministro
André Cavalcanti, cônego Arthur Arcoverde, senadores Manoel Borba e Rosa e
Silva, deputados Dantas Barreto e Pessoa de Queiroz, drs. Severino Pinheiro,
Sérgio Loreto, José Bezerra Cavalcanti, José Bezerra Filho e José Neves Filho.
4º - escolha de um advogado de
reconhecida notoriedade para fundamentar e dirigir a representação perante o
Congresso do Estado.
5º - Promover e incrementar o
eleitorado de Rio Branco.
6º - Organizar os elementos
estatísticos da receita e despesa, que fundamentem à representação, de acordo
com a lei orgânica dos municípios.
7º - Entender-se com os municípios de
Alagoa de Baixo, Buíque e Pesqueira sobre a secção dos distritos de Umburanas,
Salobro e Mimoso, para constituírem os núcleos distritais do futuro município.
8º - Tratar, em suma, de tudo quanto
necessário for para a efetividade da ideia.
Aprovada a proposta, ficou escolhida a
seguinte comissão executiva: coronel Delmiro Freire, coronel Jarônymo de
Albuquerque Cavalcanti Jé, coronel Manoel Novaes, coronel José Estrela de
Souza, coronel Nebridio Siqueira Granja, coronel Sálvio Napoleão e capitão João
Manso de Barros.”
04-09-1922 - A Noite (RJ), goo.gl/Brz03f , 5ª col.: “Um distrito de Pesqueira proclama
sua independência. Rio Branco (Pernambuco), 4 (Serviço especial de A Noite) - O povo, o comércio e o
eleitorado de Rio Branco, reunidos em importante assembleia popular, no prédio
do Cinema Rio Branco, resolveu gritar independência, desligando-se do município
de Pesqueira, por isso que o mesmo distrito pode viver de suas rendas próprias.
A comissão executiva resolveu telegrafar ao cardeal Arcoverde, general Dantas
Barreto, Drs. Rosa e Silva, Manoel Borba, Estácio Coimbra, Sérgio Loreto,
Severino Pinheiro e à imprensa em geral.
Os municípios de Alagoa de Baixo e Buíque dão os distritos
Umburana e Salobro para a formação do Núcleo Municipal riobranquense.
Telegrafar-se-á dando os dados estatísticos ao sr. presidente da República e
demais autoridades.”
07-10-1922 – O Jornal (RJ), goo.gl/Mvx1O0
, 4ª col.: “[...] Rio Branco, quer de
um, quer de outro, espera muita coisa pois, apesar de ser um distrito mais
importante mesmo do que a própria sede do município, está em tal abandono, que
é de causar lástima.
É preciso notar que o comércio de Rio Branco, depois do de
Recife, Limoeiro do Norte, Garanhuns, Vitória e Caruaru, é o mais importante do
Estado, recebendo mercadorias de toda a parte e expedindo para todo o sertão.”
25-04-1923 – A
Provincia, goo.gl/DySuaZ
, 5ª col.: “Município de Rio Branco. Mais uma importante
localidade do interior do Estado, impulsionado pelo constante evolver de suas
atividades econômicas, vem de dirigir ao Congresso Legislativo do Estado um
memorial, no qual pleiteiam a sua independência municipal.
Trata-se de Rio Branco, distrito de Pesqueira, à porta o
sertão, circunstância que lhe dá uma propriedade invejável, podendo hoje
afirmar-se com vida independente pelo estímulo trazido pela estrada de ferro às
suas fontes naturais de produção a riqueza.
Poder-se-ia argumentar a transitoriedade de seu progresso
devido a contingência aquela poderosa circunstância; entretanto, esquece-se de
que semelhante fenômeno apenas ampliado, desenvolva os seus recursos naturais;
pois, é sabido que Rio Branco tem serras fertilíssimas onde se cultiva o
algodão, e na região da caatinga, denominado Moxotó, Arara, Saco da Serra etc.,
a pecuária, desde tempos imemoriais, constitui o celeiro de quanto gado
necessita o litoral.
Depois, os municípios circunvizinhos, de Alagoa de Baixo,
Buíque e Pesqueira, em ação conjunta, cederam regiões de seu território, velhos
distritos habitados, com excelente zona pastoril e agrícola, ao novo município
de Rio Branco, enriquecendo assim o patrimônio territorial do núcleo da formação.
Dadas estas razões, é de crer que o Congresso ampare mais
esta outra aspiração de liberdade municipal de um povo que deseja crescer e
evoluir.”
05-05-1923 - A Provincia , goo.gl/q7zmev , 3ª col.: “Congresso do Estado
- Câmara - São lidos , submetidos à discussão e aprovados os pareceres ns.61 e
62, mandando ouvir os municípios de Pesqueira, Buíque e Alagoa de Baixo, sobre
a fundação do município de Rio Branco [...].”
05-05-1923 - Jornal do Recife, goo.gl/7CQSqX ,
3ª col.: “São lidos , submetidos à discussão e aprovados os
pareceres ns.61 e 62, mandando ouvir os municípios de Pesqueira, Buíque e
Alagoa de Baixo, sobre a fundação do município de Rio Branco [...]“. Na
parte inferior da coluna: “O dr. Octávio Tavares, presidente da Câmara dos
Deputados, dirigiu ontem, aos municípios de Pesqueira, Buíque e Alagoa de
Baixo, o telegrama abaixo, solicitando informações sobre o mérito do memorial
dos habitantes de Rio Branco, em que estes pleiteiam a sua independência
municipal: "Ilmos. srs. presidente e mais membros do Conselho Municipal de
Pesqueira, Buíque e Alagoa de Baixo: Levo ao conhecimento desse Conselho que a
comissão de Estatística e Divisão Civil da Câmara dos Deputados, a que foi
presente o memorial em que os habitantes de Rio Branco pleiteiam a sua
independência municipal e os habitantes do povoado de Ipojuca, Salobro e
Umburanas solicitam a sua anexação ao município de Rio Branco, caso ele venha a
se constituir, precisa, nos termos do art.36 parágrafo 9o. da Constituição,
ouvir o vosso parecer sobre a pretensão constante do aludido material. A Câmara
aguarda a vossa resposta com a possível brevidade. Saudações. Octavio Tavares,
Presidente da Câmara.”
15-05-1923 - Jornal do Recife, goo.gl/YvzLgB , 5ª col.: “Oficio do Conselho Municipal de Alagoa de Baixo, nos
seguintes termos: Exmo. sr. Presidente da Câmara dos Deputados. Tendo presente
o telegrama de v. exc. de 4 do corrente, em que solicitava deste Conselho a sua
opinião acerca do memorial dos habitantes de Rio Branco, bem como o parecer
sobre o abaixo assinado dos moradores de Umburanas, que desejam ficar
pertencendo ao município de Rio Branco, caso ele se venta a constituir, em
reunião hoje realizada deliberou
homologar a aspiração daqueles moradores, achando justo também o movimento de
autonomia municipal de Rio Branco. A linha de demarcação de limites deste
município deverá ficar assim determinada: por uma linha que a partir da fazenda
Tigre, ao N. de Alagoa de Baixo, vá alcançar as fazendas Cachoeira, Pinheiro e
o povoado de Umburanas, cujos domínios jurisdicionais ficarão pertencentes ao
novo município de Rio Branco, devendo a linha de limite partir de Umburanas em
ângulo agudo por uma reta em direção do morro Serrote, pertencente ao município
de Buíque. O Conselho aproveita a oportunidade para apresentar à Câmara dos
srs. Deputados os seus votos de solidariedade e alta estima. Saúde e
fraternidade. Joaquim de Siqueira Cavalcanti, Presidente do Conselho, Romão
Anacleto de Sant´Anna, 1o. Secretário, Vicente Ferreira Neves, 2o. Secretário,
Luís Gonçalves do Rego, Pedro Pessoa de Siqueira Campos e José Felipe da Silva,
Conselheiros.”
18-07-1923 – Jornal
do Recife, goo.gl/84Fkhl , 1ª col.: “O Banco do Brasil em Rio Branco. O
governo federal, em boa hora, atendeu à criação de uma agência do Banco do
Brasil, na vila Rio Branco, deste Estado. Providência de alta significação
econômica para os interesses comerciais do sertão, de quantas cidades do
interior existam, importantes pelo seu desenvolvimento, nenhuma ultrapassa,
naquela finalidade, a populosa vila. Quando "a reunião última do nosso
poder legislador, em nome dos habitantes dali, apresentamos um extenso memorial
em que pleiteávamos a sua independência municipal, houve da parte de uma facção
político-local, célebre pelos processos da mentira e da intriga, a alegação
idiota de que Rio Branco não estava em condições de suportar as exigências de
uma vida própria. E, como argumento sádico, citavam os inimigos da causa
rio-branquense a transitoriedade de sua atuação econômica nos destinos da vida
sertaneja pela circunstância da estrada de ferro, que ali tem seu ponto
terminal. Não há como destruir o absurdo de tão errôneo conceito. Nos detalhes
da demonstração com que batemos às portas do Congresso do Estado, aliás
publicada no órgão oficial, expusemos documentadamente os recursos em que se
apoiava Rio Branco para a sua vida independente. Pondo à margem o fato,
politicamente sintomático, de municípios circunvizinhos como Pesqueira, Buíque
e Alagoa de Baixo cederem tratos de seus territórios para constituição da
incipiente comuna, a Rio Branco sobravam para viver elementos de riqueza local,
na sua indústria pastoril, no seu fomento agrícola procedente das serras que o
contornam, além do seu estupendo comércio ribeirinho, não só proveniente dos
limites paraibanos, como do espantoso tráfico sertanejo, do alto. Mas os cegos
da paixão partidária, não são aliás os de pior cegueira, não viam nada disto em
Rio Branco. Nunca vislumbraram sequer a evidência desta verdade. Os inimigos de
minha terra permaneciam na ignorância de que ela possui 49 quilômetros
quadrados, sitos numa zona criadora e fertilíssima; que possui uma poderosa
fábrica de beneficiamento de algodão, cujas transações avultam numa estimativa
de sete mil contos anuais; que tem dez mil e seiscentos e poucos habitantes e
renda superior a quarenta contos por orçamento rigorosamente arrecadado. Não
veem, nunca viram nada. Enxergam apenas os seus interesses políticos, sobremodo
mesquinhos como objetivo administrativo, pois é o próprio município de
Pesqueira, de que se vai desmembrar Rio Branco, que vem de encontro aos
legítimos desejos de emancipação daquela gente. Em teoria, em direito público,
nenhum fenômeno de vida constitucional é mais interessante que este, comentado
pelos constitucionalistas pátrios e estrangeiros. Bryce escreve numerosas
páginas a respeito, em apoio da tese, e entre nós, Castro Nunes, numa
monografia brilhante, estuda o aspecto jurídico-social da questão considerando
que os organismos políticos da vida das nacionalidades repousam evolutivamente
nesses movimentos de independência comunais. No Brasil, talvez por inópia mental,
se condena a criação de núcleos municipais. Por amor à verdade, seria melhor
dizer: no Brasil destas bandas setentrionais, porque no sul, onde a ideia do
progresso constitucional já entrou para o patrimônio jurídico dos seus homens
públicos, tal fenômeno não tem mais a importância das coisas discutíveis. Ano a
ano S. Paulo permite o alargamento da sua rede comunal que é sombra dos
próprios valores da cooperação econômica, constitui o elemento sinérgico da
vitabilidade paulista. Felizmente, para bem das minhas ilusões jurídicas, que
de todo ainda persistem em se conservarem vivas, a atual administração de
Pernambuco, tem a larga noção do liberalismo. O exmo. sr. dr. Sérgio Loreto,
governador do Estado, é bem um cultor do
direito. Neste particular deu provas de sua visão clara acerca do
municipalismo, prestando o seu apoio sancionador aquelas altas ideias,
condenadas praticamente na lei ordinária que criou o município de Floresta dos
Leões. Sobre Rio Branco não me pareceu antipática de s. exc. a opinião a
respeito da sua independência, o que me valeu a esperança de continuar a
bater-me pela causa. O recente ato da
criação da agência do Banco do Brasil naquela localidade, tão
digna de estimular fortes, é bem significativo da boa vontade dos poderes
públicos para com o progresso dali. Com os aplausos a efetivação dos desejos
dos meus conterrâneos que devem estar de parabéns, resta pedir aos deuses e aos
homens de que dependem as coisas humanas, na terra, um sopro de proteção para o
município de Rio Branco. Santos Leite - N.da.R - Reproduzido por ter saído com
incorreções. NOTA CORRIGIDA em goo.gl/FXKeE3 , 5ª.col.”
24-01-1924 - A Provincia, goo.gl/btzvTb , 5ª col.: “Governo do Estado. Nomeando os
cidadãos José Cavalcanti de Siqueira Britto, Manoel Tenório de Albuquerque e
Pedro de Britto Filho para os cargos, respectivamente, de subdelegado, 1º e 2º suplentes
do distrito de Ipojuca, do município de Pesqueira.”
08-04-1924 –
A Provincia , goo.gl/1jpQdO , 6ª col.: “2ª Coletoria de Pesqueira. Rio, 7 - O
sr. Sampaio Vidal, ministro da Fazenda, mandou ouvir ao delegado fiscal desse
Estado sobre o pedido dos comerciantes, no sentido de ser transferida para o município de Rio Branco a sede a 2ª Coletoria
de Pesqueira.”
26-04-1924 - A Noite (RJ), goo.gl/O0ufkN .”O grande pastor das nossas
almas. Celebrando o piedoso exemplo de S.E.D. Joaquim Arcoverde. As pomposas e
solenes festas jubilares do cardeal brasileiro.” (Jubileu do Cardeal
Arcoverde).
1925 [...] “O major Cândido Cavalcanti de Brito, prefeito de
Pesqueira, vai inaugurar em Rio Branco o Grupo Escolar Prof. Sérgio Loreto
Filho (depois de 1930, Grupo Escolar Quatro de Outubro) e o “Açougue Público”
da cidadezinha, ainda naquela época 7º distrito do município de
Pesqueira.”(Textos: Município de Arcoverde, 1982, Luís Wilson, pág. 104. Foto: Revista de Pernambuco N.13, 01-06-1925, pág.53 (de 112) em goo.gl/2Ttsn5 .
O chefe do Estado, cercado de pessoas gradas posa para a Revista de Pernambuco, na plataforma do wagon de luxo em que viajou.
Compareceram às solenidades o Dr. Sérgio Loreto, governador do Estado, o
professor Fraga Rocha (deputado estadual) e outros convidados, que viajaram em
um trem especial da Great Western. (Texto:
Município de Arcoverde, Luís
Wilson, Recife, 1982, pág. 104). Em Ararobá.
Lendária e Eterna, Luís Wilson, Pesqueira, 1980, pág. 216, complementa:
“Notícias de que Lampião passara com um grupo de cangaceiros próximo à
“cidadezinha”, fez com que o sr. governador não esperasse pelo banquete
preparado para sua Exc. e sua comitiva na residência do cel. Antônio Japiassu.
À noite, com dois salões do Grupo Escolar Loreto Filho atapetados de folhas de
eucalipto, houve um grande baile.” Foto:
Revista de Pernambuco N.13, 01-06-1925,
pág.53 (de 112) em goo.gl/2Ttsn5 .
Inauguração do Grupo Escolar Prof. Sérgio Loreto Filho . Foto: Revista de Pernambuco N.13, 01-06-1925, pág.53 (de 112) em goo.gl/2Ttsn5 .
Do “Álbum de Pesqueira, adm. Cândido Cavalcanti de Brito
1923/1925”, cortesia de Marcelo Oliveira, de Pesqueira.
Do “Álbum de Pesqueira, adm. Cândido Cavalcanti de Brito
1923/1925”; foto de Nettinho (Severiano Jatobá Netto), cortesia de Marcelo
Oliveira, de Pesqueira.
“Garoto assisti em
1925 à inauguração do Açougue Público de Rio Branco (quase em frente ao Beco da
Estrada de Rodagem que vai para Buíque), bem como o do Grupo Escolar Prof.
Loreto Filho (depois da Revolução de 1930, Grupo Escolar 4 de Outubro), junto à
Escola Monsenhor Fabrício (construída depois) vizinha ao cinema do cel. Augusto
Cavalcanti.” ( Ararobá. Lendária e
Eterna, 1980, pág. 215, Luís Wilson). Atualmente a Sefaz (Agência da Receita Estadual) ocupa o lugar do
antigo grupo escolar Prof. Loreto Filho; já na antiga escola Mons. Fabrício funciona
o Restaurante Verdes Arcos, goo.gl/KP9W37 .
01-06-1925 – Revista de Pernambuco, goo.gl/2Ttsn5 , pág. 53 (de 112). “Excursão
governamental a Pesqueira e Rio Branco. Inauguração em R. Branco do Grupo
Professor Loreto Filho e Açougue Público.” [Ver fotos].
25-06-1925 - Jornal do Recife, goo.gl/ohp5v5 , 1ª col.: “Ai estão os fatos. [...] E achou
de fato demasiada a taxa quando reparou na acanhada casinhola a que o dirigente
riobranquense emprestara o título pomposo de "Grupo Escolar Sergio Loreto
Filho", também inaugurado naquela vila com a honra de sua assistência em
pessoa. [...].”
01-07-1925 - A Noite (RJ) , goo.gl/BB5K63 , 4ª col.: “O dr. Sérgio
Loreto regressou, com sua comitiva, de sua viagem à Pesqueira e Rio Branco,
tendo sido alvo de manifestações em todas as estações por onde passou e aqui
recebido por autoridades, amigos e outras pessoas. “
24-09-1925 – Jornal do Recife, goo.gl/gjvMBg , 1ª col.: De Manoel Gregório Teixeira
da Lapa. Informações diversas de Rio Branco sobre Lampião, Banco do Brasil,
incêndios e festa de N.S. Livramento. “ [...] Banco do Brasil - Este
estabelecimento suspendeu todas as operações de crédito nesta praça; isto vale
por dizer: apertou a corda ao comércio
leader do partido republicano enforcado. Vimos uma legião de pedintes no
balcão da agência local, a quem o gerente dizia, em dias da semana atrasada,
com esse seu sorriso francófilo; "Perdoe, em nome da Casa Matriz que assim
o ordena!" E afinando nesse "Deus vos favoreça" principiamos o
mês de setembro cujos últimos dias se avizinham mais tétricos, mais sombrios,
tanto que por iniciativa do sr. Cícero Ferreira foi transmitido à Matriz do
Banco, na Guanabara futurista, o seguinte despacho telegráfico firmado por onze
das mais importantes firmas desta praça: "Satélite - Rio - Informados gerente
Banco Brasil nesta vila essa Matriz ordenou suspensão todas operações crédito
aqui, justamente quando mais precisamos assistência financeira afim não sermos
arrastados pela tremenda crise reinante, vendo paralisados nossos negócios e
sobremodo depreciados nossos principais produtos, especialmente algodão
constitui vida nossos sertões, apelamos essa Matriz sentido revogar ou sequer
restringir aflitiva providência. Tudo esperamos vosso patriotismo, Saudações.
Entretanto, até agora não "choveu no roçado"; e os matutos não sabem
se foi com medo de Isidoro, com receio de Lampião ou temendo a própria crise,
que o Banco do Brasil lançou essa última pá de cal sobre o cadáver do comércio.
A coisa chegou ao ponto de um viajante comercial não conseguir passar para a
sua casa, pelo Banco, cerca de quatro contos de réis recebidos na jornada
cobradora. Tudo porque o Banco "estava suspenso" de ordens. Ouvimos
até que ia ser raspado o cofre, e a "raspinha seria encaixotada e
recambiada para Recife! Foi quando o Agostinho balbuciou, desolado e quase
naturalizado húngaro: "Vae victis!" Esse Jornal, arauto de todas as
conquistas liberais, defensor estrênuo do povo deprimido e espoliado, seja o
cursor das nossas necessidades e diga: "Das duas uma: Ou Rio Branco sem
banco, ou Banco sem Rio Branco!" Se não derem o dinheiro aos matutos, não
nos livrarão da pasmaceira que é meio caminho andado para a miséria.
Valorize-se o nosso direito, já que algodão não vale nada.”
19-12-1925 – Jornal do Recife, goo.gl/eCcsm3 , 3ª col.: “[...] Portanto
é tempo de ser desbravada em parte as inóspitas caatingas com o silvar da
locomotiva, é tempo desta ´terra bravia repontada de riqueza´ sair do marasmo
em que vive. Para provarmos o que seja o prolongamento de vantajoso para uma
localidade, vejamos Rio Branco, que em 1912 era uma simples povoação rural - a
pequenina vila do Olho d´Água dos Bredos, hoje transformada na mais forte praça
comercial do sertão deste estado; é preciso notar que Rio Branco naquela época,
ao chegar a primeira locomotiva não dispunha de vida própria como dispõe Alagoa
de Baixo e os municípios circunvizinhos etc. [...] Antonio Ramos, Recife 17-12-1925.”
08-10-1926 – O Jornal (RJ), goo.gl/Tukwsj , 5ª col.: “O cangaceirismo nos sertões
nordestinos. Vilas e povoações invadidas, saqueadas e incendiadas com a maior
ferocidade. Lares desrespeitados. O depoimento de uma testemunha ocular.[...].”
13-10-1926 – O Jornal (RJ), goo.gl/h5llFy , 4ª col.: “O banditismo no sertão nordestino.
A sua repressão é falha e inútil, segundo o correspondente do O Jornal. O que nos informam os jornais
do norte. Confirma-se, oficialmente, a notícia de achar-se ferido, gravemente,
o facínora, "Lampião". [...] uma comissão de comerciantes [da vila
Rio Branco] foi ter com o governador, que prometeu "medidas imediatas e
eficientes", que nunca vieram.[...].”
01-02-1927
- A Provincia , goo.gl/yaY8yn , 2ª col.: “Nomeações de juízes - Em
Pernambuco, foram nomeados os srs. José
Santiago Sobrinho e Manuel Albuquerque Bello, respectivamente 2º e 3º suplentes, no Município de Rio Branco.”
1927 - Almanak Adm., Merc. e Ind. RJ, goo.gl/wq8e80,
pág. 1012, vol.III. 3ª col. “Estado de Pernambuco - municípios Barão do Rio
Branco. Vila e sede do 7º distrito do município de Pesqueira, ponto final da
estrada de ferro da Great Western of Brazil Railway Co. da linha partindo do
Recife da estação de Cinco Pontas. Tem 3 estradas de rodagem, sendo para Buíque,
Triunfo e Pedra. Possui 900 casas e tem 4.500 habitantes. Cultiva algodão,
mandioca e milho. Repartições e serviços federais. Correio. Agente: José
Candido Galvão. Ajudante: José Pacheco Lima. Carteiros: Valério Pacheco de
Albuquerque. Francisco Ignácio de Freitas. Telégrafo Nacional. Agente: Manoel
Mendonça Junior. Auxiliar: Emílio de Almeida Lima. Administração judiciária.
Juiz do distrito: Isaías Gonçalves Lima. Escrivão do Registro Civil: Jeronymo
de Albuquerque Cavalcanti. Administração policial. Subdelegado: Francisco
Cordeiro Albuquerque. Instrução pública. Grupo Escolar Municipal: Professor
Sérgio Loreto Filho. Professora estadual Maria Hisota. Religião. Capela N.S. do
Sacramento. Vigário João Rodrigues, padre. Estrada de ferro. Great Western of
Brazil Railway Co. Agente: João Souto. Despachantes: 1o. Araripe Serra. 2o.
Misael Gomes. Comércio, Indústria e Profissões. Alfaiates: Euclydes Teixeira,
Walfrido Silva. Algodão (fábrica de descaroçar): Pinto Alves & Cia. Paulo
Peixoto. Sociedade Norte Este Brasileira. Algodão e cereais: André &
Afonso. J. Diniz & Cia. Pereira & Cia. Viúva Rodrigues & Cia. Paulo
Peixoto & Cia. Epaminondas Santos. Pessoa de Albuquerque & Cia. A.
Campelo. José Ribeiro Braga. A. Velloso. Padilha & Irmão. Nebrídio Campos
& Cia. José Estrela de Souza. Ernani Gomes de Araújo. Joaquim A. do Amaral
& Torres. Leonardo Pacheco. José Nicolau Freire. Vicente Gomes. Victorino
Pereira. Soares da Silva. Armarinho, Fazendas e Miudezas: Novaes & Irmão.
José Coriolano & Filho. Sáe Freitas. Augusto M. de Medeiros. Alcides
Malaquias da Silva. Abdias Ferreira dos Santos. Tito de Barros & Severo.
Ernani Gomes de Araújo. Cícero Cordeiro. Automóveis (Garagens e compradores
de): Garagem Ford: Epaminondas França. Agência Ford: Soares da Silva. Banco:
Banco do Brasil (filial). Gerente: Álvaro Câmara Pinheiro. Barbeiros: Antônio
Timbotino da Silva, Cícero Cordeiro, Pedro Veríssimo da Silva, Emiliano J. da
Silva. Bilhares: José Augusto da Silva Burger. João Anthero de Medeiros, Israel
Galvão. Comissões, Consignações e Conta Própria: Viúva Rodrigues & Cia.
José Estrella de Souza. Costureiras: Amélia Assis. Maria do Carmo Góes. Rita
Cordeiro de Souza. Couros e Peles: Delmiro Freire e Freitas. Ferreira &
Cia. Padilha & Irmão. Dentista: Dr. A. Loyo. Fábricas de Bebidas: M.
Fernandes. Antônio Cabral. Ferragens: Severino H. de Oliveira. Sálvio Napoleão.
Francisco Tavares. Hotéis: Hotel Bolieiro, de José Bolieiro. Hotel Central, de
Eurico Salvador & Cia. Hotel Rio Branco, de José Benoni. Livrarias e
Papelarias: Augusto M. de Medeiros. Alcides Malaquias da Silva. Médicos: Dr. Antônio
Luiz Coelho. Dr. Severiano Freire Filho. Padaria: Padaria Confiança. Farmácias:
A. Valladão. Lafayette Menezes. Agostinho Hollanda. Secos e Molhados e
Ferragens: Euclydes Arantes. Araújo & Cia. Ferreira & Cia. Epaminondas
Santos. Novaes & Irmão. José Herculano Filho. Manoel Cavalcanti de Araújo.
Francisco Tavares. Nebridio Campos & Cia. Soares da Silva. Pedro Alves de
Oliveira. Carlos Mendes Gonçalves. José Bezerra da Silva. Almeida Araújo &
Cia. Mathusalem Wanderley. Antônio de Freitas. Manoel Marcelino Constância.
Felix Leite de Araújo. Manoel Ramiro da Fonseca. Sebastião Araújo. José
Oliveira Freitas. Leonardo Guimarães. José Coriolano & Filho. Sapataria:
Luiz Campello.”
05-02-1928 - Diario da Manhã, bit.ly/1ybp6Lh , 3ª col.: “O chefe da insegurança pública
escapou milagrosamente de uma emboscada do célebre bandido "Lampião".
As últimas proezas do bandido em território pernambucano. (foto R. Branco =
pág. 189 Município de Arcoverde (Rio
Branco), com a legenda: Casas comerciais de Rio Branco, na atual avenida
Antônio Japiassu, em 1927. Na primeira casa, à esquerda, esteve durante muitos
anos a agência de nosso correio "Chico Numerador").”
06-04-1928 – O Paiz (RJ) - goo.gl/0GlTlw
, 1ª col.: “Pernambuco - [...] Considerando a necessidade de construir
novas rodovias e bem assim de conservar e melhorar as já existentes;
considerando a conveniência de articulá-las num sistema orientado para várias
regiões de que se compõe o território do Estado[...].”
05-06-1928 – Jornal do Recife, goo.gl/aaWC47, 1ª col.: “Sertão em fome. [...] Quem assiste a uma feira de gado em Rio
Branco, desola-se em ver a que estado está reduzida a nossa pecuária, não há
uma só boiada gorda do nosso Estado [...].”
20-06-1928 - Diario da Manhã , bit.ly/19TiThB , 3ª col.: “Rio Branco tem
elementos para pleitear a sua autonomia. E pode e deve libertar-se de
Pesqueira.
(Foto: A feira e uma das principais ruas de Rio Branco).
O sr. Estácio Coimbra
nomeou uma custosa comissão destinada a rever a divisão administrativa do
Estado. A comissão, até hoje, continua prolongando os seus afazeres meramente
burocráticos com o intuito de tornar o mais rendoso possível o estudo da nova
classificação de municípios, feita, aliás, para favorecer a política estacista
no interior. A comissão proporá a divisão de acordo com esses intuitos
políticos, independente dos interesses e das possibilidades de cada
circunscrição a dividir. Se fossem sinceras as intenções do governo mandando
proceder à nova divisão administrativa, poder-se-ia apontar desde logo certas
regiões que seriam forçosamente elevadas à categoria de municípios, já pelo
número de seus habitantes, já pelas suas possibilidades econômicas e
financeiras. Rio Branco, por exemplo, estaria colocado entre os novos municípios.
A sua população é numerosa. Rio Branco é um entreposto de compra e venda de
algodão e peles, tendo uma vida comercial autônoma do município de Pesqueira, a
que está agregado. As suas feiras são superiores às da sede do município, com
uma concorrência cada vez maior. É provável que o governador não queira
desgostar os reguletes que mandam e desmandam no município de Pesqueira. Mas é
sempre bom ter esperanças. O sr. Estácio Coimbra (tenham certeza disso os
habitantes de Rio Branco) é fértil em promessas [...]”
21-06-1928 - O Paiz (RJ) - goo.gl/KteC6V , 7ª col.: “ [...] Possui, assim,
o Serviço Estadual do Algodão, 4 campos de sementeira em atividade, localizados
em Correntes, Rio Branco, Caruaru e Surubim. [...].” Mais em 23-06-1928 goo.gl/fzLVy3 , 7ª col.
15-08-1928 – A
Provincia, goo.gl/Dsq0IH , 1ª col.: “Criação de novos municípios. Parecer
da comissão de estatística e divisão civil da Câmara dos Deputados.”
11-09-1928 - https://bit.ly/2ZX9NO5, pág. 12/22. Lei n. 1931 –
Emancipação de Rio Branco. O município foi instalado em 01-01-1929, https://bit.ly/2zwUroH .
13-09-1928 – goo.gl/OxSmhs , 4ª col.: “A nova divisão administrativa de
Pernambuco. O território do Estado ficou organizado em 85 municípios. “
Mais artigos desta
coluna: https://bit.ly/3dRcIMi
Planilha histórico de Arcoverde: https://bit.ly/3giyvOn
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